Embora possa ter influência direta sobre casos de infecções hospitalares, recipientes sanitários como comadres, papagaios e sua higienização são temáticas pouco discutidas na maioria dos hospitais e clínicas do país. A limpeza dos objetos, indicados para pacientes operados, em pós-operatório imediato ou com alguma outra enfermidade que o incapacite de sair da cama para ir até o banheiro, deve seguir padrões sanitários evitando a contaminação dos enfermos e dos profissionais responsáveis pelo procedimento.

Ao falar em responsáveis por essa limpeza, surge uma das principais dúvidas sobre este assunto. Enfermeiros, técnicos de enfermagem ou profissionais do serviço de limpeza devem executar a higienização? De acordo com documento do Conselho Regional de Enfermagem de Santa Catarina, este procedimento pode ser realizado por qualquer profissional que tenha a prévia capacitação, porém deve haver no protocolo organizacional a metodologia de higienização necessária, a especificação de quem será este profissional e o detalhamento de suas responsabilidades.

Independentemente de quem irá realizar a limpeza de comadres e papagaios, o procedimento deve ser feito de acordo com os padrões, para que haja a remoção de toda a carga microbiana, garantindo a desinfecção e esterilização dos itens. Normalmente, esta higienização segue as seguintes etapas:

– Lavar das mãos

– Colocar as luvas de proteção

– Esfregar a comadre ou papagaio com detergente neutro líquido com auxílio de escovas apropriadas para este fim.

– Enxaguar em água corrente

– Secar o objeto com pano limpo e seco

– Aplicar desinfetante para limpeza e desinfecção ou álcool 70% em toda a superfície

– Embalar o artigo em sacos plásticos individuais com data de limpeza.

– Guardar o objeto

– Retirar luvas

– Higienizar as mãos.

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