O crescimento da indústria farmacêutica não a isenta de tornar os procedimentos cada dia mais seguros e confiáveis. Mas para que essa evolução seja possível, é necessário adotar medidas em diversos setores, garantindo qualidade e eficácia. Para tanto, foram estabelecidas as Boas Práticas de Fabricação de Medicamentos (BPF), regulamentada pela Resolução RDC nº 17, de 16 de abril de 2010. Com o intuito de minimizar os riscos de contaminação na produção dos remédios, elas exigem uma série de adaptações nas empresas.
Existem normas nacionais e internacionais que orientam a adoção de padrões de qualidade, de modo a fabricar os medicamentos de acordo com as devidas especificações e cumprindo o estabelecido pela vigilância sanitária. Para padronizar as medidas vieram as Boas Práticas de Fabricação de Medicamentos que visam evitar misturas acidentais, a contaminação externa do manipulador para o medicamento e a contaminação cruzada de medicamentos. Elas também garantem a rastreabilidade do remédio desde a aquisição da matéria-prima até a entrega ao consumidor; assegura que ele tenha o teor do ativo correto; garante a estabilidade do medicamento e padroniza o trabalho da equipe.
Como essas orientações devem ser as mesmas em qualquer indústria farmacêutica, não podendo cada uma implantar as práticas que lhe forem mais convenientes, é necessário realizar treinamentos com os colaboradores, a fim de repassar o que deverá ser feito e como se dará essa mudança. Especialmente para os funcionários novos, que podem não estar habituados com a rotina da empresa. Depois da equipe qualificada e treinada, é interessante que o gestor analise se os requisitos mínimos para a implantação das Boas Práticas de Fabricação de Medicamentos estão em conformidade. Além de uma instalação adequada, é fundamental que os processos de fabricação estejam devidamente definidos e revisados, bem como realizadas todas as qualificações e validações. A padronização de métodos e procedimentos também é importante, sem contar no gerenciamento de resíduos.
Outras questões que não podem ser deixadas de lado dizem respeito às condições de trabalho, armazenamento e transporte, e os equipamentos. Além de oferecer o que for necessário para o perfeito desenvolvimento das funções, a indústria deve ainda utilizar insumos farmacêuticos ativos e embalagens apropriados, enquanto os equipamentos precisam estar calibrados, higienizados e com manutenção periódica. Um dos quesitos apontados na resolução que dispõe acerca das Boas Práticas de Fabricação de Medicamentos é a sanitização e higiene dos equipamentos antes e após procedimentos. Essa medida é importante para que qualquer possibilidade de contaminação seja eliminada. Os utensílios utilizados na produção do medicamento e toda a instalação também devem ser devidamente limpos.
Especialista em escovas, a Weinberger orienta que elas são muito importantes na higienização de espaços com difícil remoção da sujeira, ou mesmo para fazer a limpeza completa de qualquer utensílio necessário para a fabricação dos medicamentos. “A empresa possui escovas específicas para diferentes segmentos de atuação, inclusive o farmacêutico. Fabricadas especialmente para essa finalidade, elas certamente irão favorecer um trabalho cada vez mais eficaz e em conformidade com as determinações da Anvisa”, ressalta. Como parte das Boas Práticas de Fabricação de Medicamentos, a higiene de todo o espaço é essencial para garantir além de tudo um ambiente confortável e seguro.
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