Além do conhecimento para a realização dos procedimentos, os equipamentos de ordenha exigem um processo de higienização e organização bastante rígido, para que o leite seja extraído com qualidade. Entre as dicas agropecuárias está a de limpar adequadamente tudo o que é utilizado e que deve começar imediatamente após o processo, enquanto os resíduos ainda estão com fácil remoção. Ao passar pelas fases de enxágue, limpeza com detergente e sanitização, os equipamentos estarão apropriados para uso novamente.
De acordo com o site Milkpoint, a higienização dos equipamentos de ordenha precisa começar pelo enxágue com água morna para remover os resíduos de leite grosseiros e que são facilmente solúveis em água. Não é recomendado recircular este enxague e sim, descartar a água após a passagem pelo equipamento. Este processo é o responsável por remover entre 90 e 95% de todos os resíduos de leite após a ordenha. Como nesta etapa não há gasto de detergentes, deve-se procurar fazê-la com a máxima eficácia, o que facilita as próximas etapas.
O próximo processo é a utilização de detergente alcalino clorado para a remoção da gordura e proteína e depois com o detergente ácido, utilizado com o intuito de eliminar os depósitos minerais de origem da água e do leite. Em seguida dessas duas etapas está a de desinfecção, em que os sanitizantes são aplicados por circulação após as etapas de limpeza para eliminar microrganismos que sobreviveram e que podem se multiplicar. Para limpeza de forma geral, os compostos a base de cloro são os mais utilizados, pois são de amplo espectro de ação e de boa eficácia. Após o preparo da solução desinfetante, ela deve apresentar de 100 a 200 ppm de cloro disponível. Os produtos mais usados são os hipocloritos de cálcio (CaOCl) e de sódio (NaOCl).
A higiene e desinfecção dos sistemas latão ao pé também segue os mesmos princípios destacados acima para os demais equipamentos de ordenha, com algumas observações importantes a mais. O enxágue deve ser realizado também logo após o procedimento com água morna através da teteira com a unidade em funcionamento. Após o enxágüe, a recomendação é desligar o vácuo e enxaguar as demais superfícies. Em seguida, todos os componentes que entram em contato com o leite precisam ser desmontados e colocados imersos em uma solução com detergente alcalino. Com o uso de escova apropriada deve-se esfregar todos os componentes para remover os resíduos orgânicos.
Da mesma forma como realizado com todos os equipamentos de ordenha, as mangueiras de vácuo devem passar pelo mesmo procedimento de lavagem dos demais componentes, cuja recomendação é que ela ocorra periodicamente com solução detergente ácida para remover resíduos minerais. Após o final da limpeza, todos os componentes devem ser colocados em local apropriado para drenagem e secagem. A dica é pendurar os vários componentes invertidos, de forma a facilitar a drenagem.
A Weinberger, especialista em escovas, alerta para os problemas mais comuns observados na limpeza dos equipamentos de ordenha, que pode ser feita manualmente ou por circulação (CIP). “O enxágue com água fria, a falta de suprimento e utensílios adequados, o volume insuficiente de água, a dosagem inadequada de detergentes e a falta de monitoração dos sistemas automáticos são questões às quais é preciso estar atento para que todo o processo de limpeza não seja realizado em vão”, afirma.
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