O Programa para Construção e Ampliação de Armazéns (PCA), para a gestão da propriedade rural, lançado a partir do dia 1º de julho, destina cerca de R$ 1,4 bilhão em créditos para construir ou reformar armazéns no setor de agropecuária.

A estocagem no Brasil é algo que podemos dizer recente. Em 2000 a capacidade era de apenas 87,8 milhões de toneladas em todo o País. Segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, hoje este número é de 153,1 milhões de toneladas de grãos. Apesar do aumento de 6,5 vezes em 16 anos, ainda é considerada relativamente pequena em comparação com outros países. Se no Brasil a capacidade de armazenagem é de 15%, na nossa vizinha, Argentina, varia de 35% a 45%, nos EUA está entre 55% a 65% como forma de comparativo.

Este financiamento do programa terá juros de 8,5% por ano e mais um prazo de 15 anos para pagar, além dos três anos de carência. O produto poderá ser estocado e os produtores poderão vender a produção no momento mais oportuno, para que o preço fique mais atraente. Evitando aumentos absurdos nas entressafras, já que a demanda é maior que a oferta.

A armazenagem destes produtos também contam com etapas como a limpeza, por isso produtor deverá avaliar a construção ou reforma do seu armazém e contando com despesas como água, energia, escovas para a limpeza dos locais, entre outras. Estes procedimentos agregam valor ao produto, resultando em uma maior lucratividade.

Segundo Ricardo Thomé, técnico do Departamento de Infraestrutura, Logística e Geoconhecimento para o Setor Agropecuário do Mapa,  poder armazenar produtos na propriedade deve ser encarada como um elo de produtividade, já que o produtor poderá planejar ainda melhor a logística para a colheita.