A primavera é uma estação marcada pelo início da temporada de chuvas e, por isso, os cuidados com o Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya devem ser redobrados. Como a única maneira de combater o mosquito é evitando o acúmulo de água parada, é preciso estar atento às poças que podem se formar, para evitar a proliferação dessas doenças. Só este ano, foram confirmados mais de 100 mil casos de dengue, 3 mil de zika e 50 mil de chikungunya. Manter os espaços higienizados é fundamental nesse processo e faz parte das medidas a serem adotadas para controlar a evolução dessas epidemias.
Segundo o Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde, em 2018, até a Semana Epidemiológica (SE) 36, que corresponde ao período de 31/12/2017 a 08/09/2018, foram registrados 203.157 casos prováveis de dengue no país, com uma incidência de 97,8 casos/100 mil hab. Destes, 126.889 (62,5%) foram confirmados. A região Centro-Oeste apresentou o maior número de casos prováveis (73.714 casos; 36,3%) em relação ao total do país. Em seguida aparecem as regiões Nordeste (57.874 casos; 28,5%), Sudeste (57.496 casos; 28,3%), Norte (12.163 casos; 6,0%) e Sul (1.910 casos; 0,9%).
No mesmo período, foram registrados 7.208 casos prováveis de doença pelo vírus zika, com taxa de incidência de 3,5 casos/100 mil hab, com 42,7% deles confirmados, o respectivo à 3.079 casos. Já para chikungunya, foram registrados 74.932 casos prováveis, uma incidência de 36,1 casos/100 mil hab, sendo que 52.613 (70,2%) foram confirmados. Todas essas doenças são provocadas pela picada do mosquito Aedes aegypti, sendo que não há outro tipo de transmissão. O contato direto de um doente ou de suas secreções com uma pessoa sadia, ou mesmo fontes de água e alimento não são uma ameaça.
O índice de óbitos diminuiu, se comparado ao ano passado. Ainda de acordo com o Boletim, este ano foram confirmados 108 óbitos por dengue e 23 por chikungunya, sendo que no mesmo período em 2017 os óbitos chegaram a 160 e 187, respectivamente. Apenas a zika que até o momento apresentou uma evolução. Em 2017, foi confirmado laboratorialmente um óbito pela doença no estado de Rondônia e este ano foram dois, nos estados de Alagoas e Paraíba. Mesmo que no panorama geral os dados estejam melhorando, as medidas para combater o Aedes aegypti devem continuar para que o controle destas graves e perigosas doenças seja mantido.
Das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, a dengue é a mais recorrente, mas todas elas exigem atenção, pois dependendo da forma como se apresentam podem ser de curso benigno ou grave. A Weinberger, especialista em escovas, alerta para algumas medidas de controle da reprodução do Aedes aegypti, envolvendo a devida limpeza dos espaços públicos e privados. “As principais ações a serem adotadas se referem ao saneamento ambiental. É preciso diminuir os criadouros das larvas do mosquito, que são os vasos de plantas, poças de água, vasilhas, pneus, entre outros, ou em casos mais graves recorrer ao combate químico, pelo uso de inseticidas nas áreas infestadas. Lembrando que os recipientes devem ser lavados com escovas para eliminar qualquer possibilidade de larva”, orienta.
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